The mirandas em entrevista

Ivo Ferreira: “No começo, reuníamo-nos numa noite, começamos a tocar blues como algo entre amigos.”

O Blues e o Rock tomaram a noite da passada sexta-feira na cidade de Faro. Esta foi o reagendamento do Festival *SIGA*, que contou com grandes nomes da música portuguesa para a conclusão de seu ciclo, iniciado em novembro de 2021.

A edição de sexta-feira arrancou com o blues dos The Mirandas, numa atmosfera cheia de “Amor e Roque Enrole”. O grupo algarvio é formado por Inês Miranda (Voz e Guitarra), Ivo Ferreira (Guitarra), Luís Caracinha (Baixo), Ruben Azevedo (Bateria) e Gabriel Costa (Teclados).

A banda surgiu em 2013, desde então deixou sua marca nas casas de espetáculo, apresentando covers e versões de diversos temas do blues e do rock. Em 2021, os The Miranda avançaram com o seu primeiro EP de originais, intitulado All Those Yesterdays. Em uma junção única de estilos, este promete ser o primeiro dos diversos trabalhos originais do grupo algarvio.

Ivo Ferreira e Inês Miranda

Quais são as expectativas para esta noite?

IM (Inês Miranda) — As expectativas são muito altas, não somente por marcar a volta da dita “normalidade”, mas também no nosso caso sofremos pelo adiamento dos concertos. Desde agosto que estamos sem tocar, portanto este será o nosso concerto de reentrada em 2022.

E a respeito das músicas do espetáculo, o que foi preparado?

IF (Ivo Ferreira) — Vamos tocar todas as cinco músicas do álbum All Those Yesterdays, e já iremos apresentar um pouco do nosso próximo trabalho, o qual ainda estamos decidindo se resultará em EP ou Álbum. São ao todo quatro músicas originais, que estreiam nesta noite e ainda um cover.

A banda começou em 2013 com os covers, como foi o processo de produzir os originais em 2021?

IF — Bom, o grupo começou com apenas três elementos, eu (Ivo Ferreira), o Luís [Caracinha] e a Inês [Miranda]. Depois de um tempo o Ruben [Azevedo] juntou-se a nós. No começo, reuníamo-nos numa noite, começamos a tocar blues como algo entre amigos. Não quisemos avançar logo para os originais porque ainda não tínhamos coesão em termos de banda, por isso passamos um bom tempo a tocar os covers e nossas versões para nos ambientarmos. Foi só então que passamos para o processo de escrita de nossas próprias músicas. Eu e a Inês [Miranda] assumimos mais o processo de criação musical, e depois levávamos ao grupo para ouvir os pensamentos sobre aquilo.

O que podemos esperar para os trabalhos em vídeo?

IF — Sem levantar muito o pano, posso afirmar que coisas boas aproximam-se agora no futuro. O nosso objetivo é lançar todas as músicas do EP com vídeo, e já estamos a trabalhar para lançar a próxima música neste formato.

Este formato de concerto mais informal traz-vos nostalgia?

IM — Completamente! Nós voltamos no ano passado aos concertos, porém os três espetáculos foram realizados com muitas limitações e com o público sentado. O último concerto com estas condições e sem restrições foi em 2018. Portanto será literalmente “tirar o pó” dos instrumentos para realizar um espetáculo como este.

Nestes diversos anos de The Mirandas, qual foi para vocês a maior conquista até agora?

IF — Falando em um plano mais voltado a mim e à Inês [Miranda], uma das maiores conquistas foi ter virado esta página para compor e gravar as nossas próprias músicas. Quando gravamos o nosso primeiro single e nosso primeiro videoclipe ficamos mesmo orgulhosos. Falando em um âmbito mais de banda agora, tivemos vários concertos que ficam na memória. Um deles, lembro-me bem, foi no Motoclub de Faro, na concentração do palco Oasis, onde tocamos para 2.000 pessoas. Foi uma sensação indescritível!

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